Resenha: A Seleção de Kiera Cass – Um Romance Distópico Imperdível

 A Seleção




Classificação: ★★★★★


A Seleção é o primeiro livro da série escrita por Kiera Cass, que retrata uma  história que se passa em um futuro distópico, onde a sociedade é dividida em castas. A protagonista, America Singer, pertencente à casta cinco é uma talentosa musicista, diante de muita insistência da mãe, America se inscreve em um programa conhecido como A seleção, que objetiva a reunião de 35 garotas no palácio, onde estas poderão ter encontros com o príncipe de Illéa, para que assim ele possa escolher sua futura esposa. 

America, não tinha interesse nenhum em ser convocada, seu coração estava preso em Illéa, ela já tinha alguém para amar, sendo assim, ela se inscreveu puramente para agradar a mãe e caso fosse selecionada, iria aproveitar da ajuda financeira que a família receberia durante sua estadia no palácio. Apesar de não querer, America foi pega de surpresa ao perceber que foi convocada da competição, embora America inicialmente não esteja interessada no príncipe, ela se vê cada vez mais envolvida na competição e nas intrigas do palácio. À medida que conhece Maxon e as outras competidoras, ela enfrenta dilemas sobre amor, lealdade e sua identidade.

Além do romance abordado, o  livro explora temas de classe social e  luta por liberdade em um mundo rígido e controlado, o que mais me chama a atenção é que o livro traz à tona questões que geram desconforto na sociedade, tratando abertamente de temas voltados à desigualdade social de forma clara e objetiva. Revela também a precariedade do sistema de castas que foi predominante na índia, ressaltando de modo “gritante” que esse sistema é  retrógrado, e fomenta exclusão social, discriminação, estupros e assassinatos.

Além disso,  a autora elucida questões de extrema relevância ,como a manipulação da mídia, ou melhor a distorção midiática referente à informações concernentes à população. O livro retrata que o povo era submetido à uma Monarquia Absolutista, onde o Rei, isto é , o “Soberano” manipulava seus súditos, mídia e família de modo que seus objetivos fossem cumpridos, isso é nítido no decorrer da história, quando a conhecida “seleção” se iniciou, com o objetivo claro de encontrar uma esposa para o príncipe, entretanto, de acordo com os desejos do Rei.

Além do mais, a seleção é um livro que além de todas as questões anteriormente citadas, tem um enredo incrível e cativante, onde nos deparamos com a “protagonista”, América em um triângulo amoroso com o Príncipe, Maxon, e com o Soldado, Aspen Leger, nos prendendo em cada página, a autora trouxe romance, mas também questões que precisam ser discutidas.





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